Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, para o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça. (Joel 2.13)
O livro do profeta Joel tem seu início
a partir de um desastre socioeconômico. Uma praga de gafanhotos! Diante deste
ataque de insetos, o profeta desenvolve sua mensagem a respeito do dia do
SENHOR, que trará verdadeira justiça e um derramar do Espírito de Deus sobre
todas as pessoas.
No primeiro capítulo de Joel, o homem de Deus chamou os líderes do povo para que ouvissem, os ébrios para
que despertassem, os lavradores para que pranteassem e os sacerdotes para que convocassem um santo jejum. Porque as colheitas foram
devastadas por quatro ataques de gafanhotos: primeiro, os cortadores, depois,
os peregrinos, seguidos dos devoradores, e, por último, os destruidores. Por
isso, deveriam vestir pano de saco, proclamando um jejum e se reunindo no templo,
visando uma intervenção divina para mudar a realidade.
Em Joel dois, há uma predição de invasão
inimiga equivalente à invasão de gafanhotos, embora seja feita por seres
humanos. Logo a seguir, há uma chamada ao arrependimento, com promessas de
restauração e livramento; com provisão e manifestação da presença divina,
através da atuação do Espírito Santo em todas as pessoas; sem restrição à
sexualidade (homem e mulher), sem restrição à idade (jovens e velhos) e sem
restrição à condição social (até os servos).
No último capítulo do livro, o profeta
Joel fala do juízo do e das bênçãos do SENHOR, as quais virão depois de todas
as adversidades preditas. A ira de Deus se manifestará contra o mal infligido ao
seu povo e os inimigos de Israel se depararão com o próprio Deus irado, sendo
por ele esmagados. Depois disso, a restauração virá em forma de provisão de
alimento e de habitação divina entre o povo. E assim termina o livro que começa
com tragédia e termina com esperança.
Aprendamos que, embora nem toda
tragédia seja um sinal de julgamento divino, a restauração está relacionada a
decisões que tomamos. Vemos em Joel que o desenvolvimento espiritual não é
automático, mas decorrente de uma decisão; de arrependimento, obediência e
fidelidade.
Lembremos que, a qualquer momento, algo desagradável pode nos acontecer. No entanto, a reflexão e o quebrantamento podem nos ajudar a sair do problema ou, pelo menos suportá-lo.
26/06/2024
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