Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. (Lamentações 3.39).
Durante o exílio babilônico, quando Jerusalém foi arruinada, o povo de Deus foi levado cativo, o templo foi destruído e saqueado, trazendo tristeza, dor, vergonha, aflição, angústia e humilhação.
Todos sabiam que o sofrimento não era fruto do acaso,
mas a consequência de decisões erradas, em desobediência a Deus. Esta realidade
terrivelmente dolorosa foi recebida com cinco lamentações, em forma de oração.
Estas lamentações são atribuídas a Jeremias e divididas em cinco capítulos.
O primeiro lamento
é sobre os pecados de Jerusalém e sua destruição, resultante destes pecados,
com um pedido de misericórdia.
O capítulo dois é
concluído com uma exortação a um clamor e uma oração com lágrimas, após
descrever a hostilidade do SENHOR contra Jerusalém, manifestada através da fome,
dos muros destruídos, dos portões derrubados, da zombaria dos inimigos, da destruição
do templo, do exílio do povo, da falta de revelação divina, do desespero e da morte
de muitos.
O lamento seguinte
se detém entre a severidade e a misericórdia do SENHOR, assumindo o sofrimento,
mas expressando confiança, convidando o povo à renovação espiritual, decorrente
do arrependimento, com uma oração pedindo clemência para o povo quebrantado e
castigo aos opressores deste povo arrependido.
O penúltimo lamento
olha para o passado glorioso que se deteriorou com a invasão inimiga, por causa
do juízo divino contra a rebeldia da nação. Entretanto, o profeta adverte que
os edomitas não zombem da situação de Jerusalém, porque o juízo divino virá sobre
eles também.
O último capítulo é
um pedido de misericórdia, apelando para a compaixão divina e clamando pela
restauração de um povo que dançava, mas que agora só lamenta.
Lamentações de Jeremias é um livro que descreve a desolação de Jerusalém, a ira do Deus santo, o lamento do povo quebrado, a consciência da misericórdia divina, a lembrança dos tempos de glória – quando Deus não era ouvido – e a constatação da desgraça (decorrente da desobediência).
O livro encerra com o quebrantamento em busca de
perdão e de restauração.
Afinal, assumir as
próprias limitações liberta.
Mascarar, porém,
escraviza!
22/08/2024
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